O Magazine Luiza teve um crescimento de 37,1% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 139,2 milhões, acima do esperado pelo mercado, informou a rede de varejo nesta quinta-feira (13).
Analistas projetavam lucro de R$ 126,9 milhões para a varejista entre outubro e dezembro, segundo a média de estimativas compiladas pela Lseg.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa, dona de bandeiras que incluem Netshoes e KaBuM!, totalizou R$ 846,2 milhões no período, alta de 11,9% ano a ano, praticamente em linha com expectativa média de analistas, de R$ 845,9 milhões. A margem Ebitda ficou quase estável ano a ano, em 7,8%, 0,6 ponto percentual maior.
Sem ajustes, o lucro líquido avançou 38,9% no comparativo anual, para R$ 294,8 milhões, enquanto o Ebitda cresceu 53,6%, para R$ 842,4 milhões, conforme relatório de resultados.
“Nosso foco maior continua sendo muito na expansão das nossas margens”, afirmou a diretora de relações com investidores da companhia, Vanessa Rossini, à Reuters, notando que o atual patamar de juros no país torna a decisão ainda mais “assertiva”.
“No ano passado, as nossas margens evoluíram bastante, a nossa rentabilidade (evoluiu bastante)… Tem espaço para a gente continuar esse caminho para 2025.”
A empresa, que anunciou recentemente mudanças em sua estrutura organizacional para acelerar operações de varejo online, teve receita líquida de R$ 10,8 bilhões no trimestre, 2,3% acima do faturado um ano antes.
As vendas totais do período, incluindo lojas físicas, marketplace e comércio eletrônico com estoque próprio, subiram 2,6% em base anual, para R$ 18,4 bilhões, com impulso do aumento de 1,1% no ecommerce total e de 6,4% nas lojas físicas.
O Magazine Luiza encerrou o último trimestre de 2024 com 41 lojas a menos em relação à mesma etapa de 2023, período em que o crescimento das vendas no conceito mesmas lojas físicas foi de 8,1%, versus 3,7% um ano antes.
Segundo Rossini, a companhia vê possibilidade de crescer em lojas, mas no médio e longo prazos, enxerga maior oportunidades no ecommerce, dada a maior diversidade de categorias e serviços.
A participação do comércio eletrônico nas vendas totais do Magazine Luiza teve uma ligeira diminuição no quarto trimestre, para 69,8%, de 70,8% um ano antes. No ano de 2024, essa fatia correspondeu a 70,6%, de 72,3% em 2023.
Perguntada sobre os impactos do cenário macroeconômico nas operações da companhia neste início de ano, a executiva disse, sem detalhar, que não foram vistas “grandes mudanças de tendência” em relação ao que já vinha sendo observado.
No quarto trimestre, a empresa teve geração de caixa operacional de R$ 2,1 bilhões, 36% maior que o registrado no mesmo período em 2023, com desempenho operacional e capital de giro melhores.
Rossini também afirmou que 2025 marcará o encerramento do ciclo estratégico do Magazine Luiza voltado para consolidação de seu ecossistema, que incluiu esforços para crescimento do marketplace, novas categorias e aceleração de entregas.
“(Após 2025) damos abertura para um próximo ciclo que a gente acredita que vai ser um ciclo muito baseado em inteligência artificial”, disse a diretora, citando entre os exemplos o serviço de nuvem da companhia, Magalu Cloud.
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