A produção industrial da zona do euro encolheu mais do que o esperado em dezembro, indicando que a recessão de dois anos do setor está longe de acabar, mesmo que alguns números sobre a confiança e pedidos tenham apontado para uma estabilização.
A produção nos 20 países que compartilham o euro caiu 1,1% em dezembro na base mensal, mostraram os dados do Eurostat nesta quinta-feira (13), em resultado pior do que as expectativas de uma queda de 0,6%, uma vez que a Alemanha, a maior potência industrial da região, encolheu 2,9% e a Itália, 3,1%.
O setor industrial tem sido um entrave para a Europa há anos, uma vez que a energia cara, a fraca demanda da China, a intensificação da concorrência global e os modelos fora de moda no setor automobilístico são todos obstáculos para os pedidos.
Em comparação com o ano anterior, a produção caiu 2,0%, arrastada por uma queda maciça de 8,0% na produção de bens de capital.
Embora alguns indicadores de confiança tenham apontado para a estabilização do setor, é provável que as novas tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio, combinadas com a ameaça de novas barreiras comerciais, pesem sobre o setor.
As tarifas sobre a China também devem ser um empecilho para a Europa, uma vez que os produtos chineses provavelmente buscarão novos mercados e poderão excluir os itens produzidos localmente, conforme temem alguns economistas.
Em comparação com novembro, a produção de bens de capital caiu 2,6%, enquanto a de bens intermediários recuou 1,9%, sendo parcialmente compensadas por um grande aumento na produção de bens de consumo.
O crescimento da zona do euro ficou estagnado durante a maior parte do ano passado, já que os consumidores estão economizando seu dinheiro, em parte devido às notícias preocupantes sobre o estado da indústria, um dos principais empregadores.
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