O perdão concedido por Donald Trump aos condenados pelo ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 levanta sérias preocupações sobre a estabilidade democrática do país, segundo avaliou a analista de Internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360º desta terça-feira (21).
Magnotta destaca que, embora o perdão presidencial seja uma prerrogativa constitucional, a decisão de Trump é particularmente controversa devido à natureza e à gravidade dos eventos em questão.
“O caso do Trump é grave porque, de certa maneira, ele endereça um perdão a um grupo muito heterogêneo”, explica a analista.
Impacto na percepção de impunidade
A especialista ressalta que a ação de Trump pode criar um perigoso precedente: “A sensação de impunidade é uma ameaça real de que no futuro grupos institucionalizados com agenda política, desde que tenham padrinhos poderosos, talvez possam continuar agindo dessa forma”.
Magnotta enfatiza a complexidade do grupo envolvido no ataque, que inclui desde pessoas que cometeram atos menos graves até aquelas responsáveis por depredação e violência que resultou em mortes.
Esta heterogeneidade demandaria uma análise caso a caso, algo que o perdão generalizado não contempla.
Institucionalização da violência política
Um aspecto alarmante apontado pela analista é o grau de institucionalização do movimento que culminou no ataque ao Capitólio.
Diferentemente de protestos espontâneos, a invasão foi articulada por grupos organizados, alguns dos quais já conhecidos por ações anteriores que infringem leis relacionadas à promoção do ódio.
A decisão de Trump, portanto, não apenas perdoa indivíduos, mas potencialmente legitima ações de grupos extremistas, colocando em risco o tecido democrático da sociedade americana.
Este cenário levanta questões cruciais sobre o equilíbrio entre o poder presidencial de conceder perdões e a necessidade de manter a integridade do sistema judicial e a segurança nacional.
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