O Reino Unido anunciou novas sanções nesta sexta-feira (10) contra 15 pessoas associadas ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, argumentando que elas são responsáveis por violações de direitos humanos e por minar a democracia e o Estado de direito.
As sanções incluem o chefe do tribunal superior da Venezuela, integrantes das forças de segurança e oficiais militares, informou o Ministério das Relações Exteriores britânico.
Os alvos dessa medida sofrerão proibições de viagem e congelamento de ativos, impedindo-os de entrar no Reino Unido e de manter fundos ou recursos econômicos no país.
As sanções foram anunciadas no dia da posse de Maduro para um terceiro mandato e coincidiram com sanções impostas pelos Estados Unidos e Estados-membros da União Europeia.
Maduro permanece permaneceu no poder apesar de contestações sobre a eleição e apelos da comunidade internacional para que ele saia do cargo.
O governo da Venezuela sempre criticou as sanções dos Estados Unidos e outros países, afirmando que são medidas ilegítimas que equivalem a uma “guerra econômica” projetada para paralisar a nação.
Eleições presidenciais contestadas
Diversos países contestaram a vitória de Maduro nas eleições presidenciais de 28 julho de 2024.
O líder chavista e Edmundo González, candidato da oposição, afirmam terem sido eleitos.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, um órgão apoiado pelo chavismo, declarou formalmente Maduro como vencedor sem fornecer a contagem dos votos.
A oposição contestou e divulgou resultados recolhidos em todo o país, dizendo que provavam que González venceu por uma vitória esmagadora.
Analistas independentes concluíram que as contagens publicadas pelos opositores são provavelmente válidas, e vários países, incluindo os Estados Unidos, reconheceram Gonzalez como presidente eleito nos últimos meses.
Milhares de venezuelanos protestaram contra os resultados logo após a votação, exigindo transparência. Muitos marcharam nas ruas e entraram em confronto com a polícia.
González, que se exilou na Espanha, promete regressar à Venezuela para formar um novo governo e evitar um novo mandato de Maduro.
No início desta semana, ele instou os militares a reconhecê-lo como seu comandante-chefe e “acabar com a liderança” do atual presidente, que está no poder desde 2013.