A líder da ultradireita francesa Marine Le Pen vai entrar com um recurso depois que um tribunal francês a considerou culpada de acusações de peculato e a tornou inelegível por cinco anos, disse seu advogado Rodolphe Bosselut nesta segunda-feira (31).
A Justiça condenou Le Pen por apropriação indébita de fundos da União Europeia e também a sentenciou a quatro anos de prisão – dois anos dos quais serão anulados e dois que serão cumpridos em prisão domiciliar.
Ela também foi multada em 100 mil euros (R$ 618 mil).
Nem a pena de prisão nem a multa serão aplicadas até que os recursos estejam esgotados.
Mas a proibição de cinco anos de concorrer a cargos públicos entra em vigor imediatamente, por meio de uma medida chamada de “execução provisória” solicitada pelos promotores.
A decisão do tribunal francês foi um revés catastrófico para Le Pen, a líder do partido União Nacional (RN), que há muito tempo é uma das figuras mais proeminentes da ultradireita europeia e que tem sido a favorita nas pesquisas de opinião para a disputa de 2027 nas eleições presidenciais da França.