O corpo da escritora Heloisa Teixeira, que morreu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos, será velado na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, neste sábado (29). A cerimônia ocorre das 15h às 19h.
No local, será exibido o documentário “Helô, feito por seu filho Lula Buarque”. No domingo (30), haverá um velório para familiares e amigos, das 11h às 13h, no Crematório da Penitência, no Caju, zona Norte do Rio de Janeiro.
A crítica literária morreu nesta sexta-feira em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia. A morte foi confirmada pela ABL.
A escritora nasceu em 26 de julho de 1939, em Ribeirão Preto (SP). Heloisa esteve à frente da Universidade das Quebradas. Segundo a ABL, a crítica se preocupava com a democratização do conhecimento.
“Sempre atenta à contemporaneidade e movida pela novidade, dialogou a vida toda com jovens no ativismo, na poesia, nas artes e nos estudos culturais. Como fruto dessa conversa em diversas frentes, publicou Explosão feminista”, lembrou a companhia em nota divulgada nesta sexta.
Em entrevista à revista Veja, Heloisa contou que depois de passar parte de sua vida usando o sobrenome Buarque de Hollanda, de seu falecido marido, decidiu mudar para Teixeira. Segundo a escritora, a mudança foi uma espécie de reencontro com a sua mãe, que morreu há alguns anos e tinha o sobrenome na certidão.
“Foi com a nova assinatura, gravada na pele, que a escritora tornou-se imortal da Academia Brasileira de Letras”, informou a ABL.
Desde julho de 2024, a escritora ocupava a cadeira número 30 da Academia. Heloisa era autora da obra “26 poetas hoje”, lançada em 1976, durante a ditadura militar. O livro reuniu os principais nomes da contracultura da época, trazendo uma seleção irreverente e combativa ao regime.
*Sob supervisão