A educação alimentar é um tema fundamental para a saúde pública, mas que muitas vezes é cercado de mitos e desinformação. Patrícia Jaime, coordenadora científica do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS) da Universidade de São Paulo (USP), em participação no programa CNN Sinais Vitais, discutiu a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados.
“Não é que o guia alimentar é contra a industrialização, na realidade o arroz polido é um alimento industrializado, se você for pegar uma carne que ela foi tracionada, congelada, isso é um processo de industrialização”, explica a especialista.
O foco da preocupação, segundo ela, deve ser o ultraprocessamento de alimentos. Estudos realizados na USP têm demonstrado o impacto negativo dos alimentos ultraprocessados na saúde da população, associando seu consumo ao desenvolvimento de diversas doenças.
A pesquisadora ressalta a importância de incentivar o preparo de refeições em casa: “Cozinhar, desenvolver preparações culinárias e evitar os alimentos autoprocessados”. Esta abordagem não apenas promove uma alimentação mais saudável, mas também resgata práticas culinárias tradicionais e fortalece laços familiares.
A educação alimentar, portanto, vai além da simples transmissão de informações. Ela envolve a desconstrução de crenças arraigadas e a promoção de um novo olhar sobre os alimentos, priorizando escolhas que beneficiem a saúde a longo prazo. Com esse conhecimento, a população pode fazer escolhas mais conscientes e saudáveis em sua alimentação diária.
Segundo Jaime, “um papel primordial da educação em saúde é a gente ir desmontando esses mitos alimentares, esses tabus alimentares e levando a população à diretriz oficial apresentada pelo Ministério da Saúde a partir do Guia Alimentar a População Brasileira”. Ela enfatiza que a base de uma alimentação saudável está nos alimentos in natura e minimamente processados.
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