O MEC (Ministério da Educação) vai começar a avaliar este ano as crianças também por meio de perguntas abertas e não apenas com testes, como ocorre desde os anos 90. As novas questões farão parte do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), a maior prova feita pelo governo para medir a aprendizagem no país.
O exame acontece a cada dois anos e avalia todos os alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da rede pública, em língua portuguesa e matemática. A rede particular é avaliada de forma amostral.
A partir das notas do Saeb é calculado o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). É a primeira vez que uma avaliação de larga escala no Brasil vai usar questões dissertativas. As perguntas em forma de teste também continuarão a fazer parte da prova.
Segundo o Estadão apurou, a intenção do MEC é a de fazer as perguntas dissertativas de forma experimental em 2025 para testar o novo modelo com uma amostra de alunos. As provas serão no segundo semestre, nos meses de outubro e novembro, em todos os estados.
O novo modelo de prova está sendo apresentado nesta segunda-feira (24), para secretários estaduais e municipais de educação pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC.
O Saeb, que existe desde os anos 90, vinha sendo criticado por especialistas pela dificuldade de diferenciar o desempenho dos estudantes. Há quem considere as perguntas muito simples.
As questões abertas eram uma demanda antiga para tornar o teste mais preciso. Avaliações internacionais, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, na sigla em inglês), já fazem perguntas abertas há anos.
O Inep também vai adaptar e modernizar este ano a matriz do exame, que indica as habilidades que devem ser medidas.
O último Saeb foi feito em 2023 e os resultados mostraram que o desempenho das crianças ainda não voltou ao que era antes da pandemia. Na divulgação do Ideb no ano passado, os resultados indicaram estagnação da aprendizagem.
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