Autoridades austríacas acreditam que o homem sírio (requerente de asilo no país) suspeito de realizar um ataque a faca no centro da cidade de Villach, seja um seguidor do Estado Islâmico radicalizado online, afirmaram neste domingo (16)
Um garoto de 14 anos foi morto na ação de sábado (15) e outras cinco pessoas ficaram feridas, relatou a polícia em uma entrevista coletiva.
O ministro do Interior Gerhard Karner afirmou que o homem sírio de 23 anos preso logo após o ocorrido foi rapidamente radicalizado na internet e a bandeira do Estado Islâmico (EI) foi encontrada no apartamento dele.
As autoridades também disseram que o homem havia feito um juramento de lealdade ao EI.
O ataque em Villach ocorreu após uma conspiração frustrada em agosto para realizar um ataque suicida em um show de Taylor Swift em Viena por um adolescente que havia jurado lealdade ao grupo terrorista.
O caso dede sábado (15) também ocorreu poucos dias depois de um ataque na quinta-feira (13) em Munique, na vizinha Alemanha, cometido por um cidadão afegão que dirigiu um carro contra uma multidão, ferindo dezenas de pessoas, duas delas morreram depois.
A Áustria vive um momento de tensão política, em que o Partido da Liberdade (FPO na sigla em inglês), de extrema-direita – que venceu as eleições parlamentares de setembro – afirmou na semana passada que era incapaz de formar um governo de coalizão.
Os partidos centristas agora estão discutindo se podem tentar formar um governo enquanto o presidente considera opções, incluindo realizar uma eleição antecipada no país.
Atacar a imigração ilegal e prometer aumentar as deportações para países como Síria e Afeganistão, para onde é ilegal deportar pessoas atualmente, são ideias centrais para a plataforma do FPO, e o partido rapidamente aproveitou o ataque de Villach.
“Nenhum migrante seria capaz de cometer assassinato ou qualquer outro crime em nosso país se não estivesse na Áustria em primeiro lugar”, escreveu Herbert Kickl, líder do partido, em uma declaração publicada nas redes sociais.