O comentarista José Eduardo Cardozo e a ex-senadora e jornalista Ana Amélia Lemos discutiram, nesta quinta-feira (13), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), como Congresso Nacional reagirá à operação da Polícia Federal (PF) sobre emendas parlamentares.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal contra supostos desvios em emendas.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumpridos em Estrela (RS), Rosário do Sul (RS), Santa Cruz do Sul (RS), Venâncio Aires (RS), Lajeado (RS) e Brasília.
Para Cardozo, todos sabem que existem problemas nos valores.
“No caso das emendas, eu diria a você que, uma frase que se usa muito em Brasília, até as emas do Palácio do Planalto sabem que tem problema, nós todos sabemos que tem problemas nessas emendas, há uma boataria imensa sobre isso, pela falta de transparência, pela execução possivelmente envolvendo desvio de dinheiro público”, opinou.
“Se há evidências que justificaram uma investigação, o Congresso teria que acompanhar e, constatado o problema, agir. Evidente, se houver algum arbítrio, o Congresso tem que se posicionar, mas ele não pode com um espírito corporativo reagir aquilo que é necessário para a limpeza ética de uma situação de uma situação que é inaceitável”, prosseguiu.
Já para Ana Amélia, se o Congresso não tiver uma reação enérgica, a situação fica complicada.
“O governo neste momento está um pouco satisfeito com o que está acontecendo porque tira o foco das cobranças da falta de ação na área do combate à inflação, por exemplo”, disse a ex-senadora.
“Porém, este tema foi provocado pelo governo junto ao Supremo Tribunal Federal a partir do Orçamento Secreto, que já é inaceitável. Convenhamos, não tem que ter Orçamento Secreto, não tem que ter dinheiro público e, portanto, tem que ter transparência”, finalizou.