O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que precisou ser transferido em caráter de urgência para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em razão da gravidade do seu quadro clínico. Apesar da urgência, Lula relatou que foi necessário aguardar o retorno do avião presidencial, que estava no Rio de Janeiro, para viajar à capital paulista.
“Com a urgência que eles pediram para eu vir para cá, nós decidimos vir rápido. Lamentavelmente, o meu avião não estava em Brasília. Estava no Rio de Janeiro. Tive que esperar o avião vir do Rio de Janeiro para me pegar”, disse.
O chefe do Executivo afirmou que os médicos ficaram “assustados” com o seu quadro de saúde. Lula foi submetido a uma cirurgia na cabeça por causa de uma hemorragia intracraniana. Ele contou que só tomou ciência da gravidade da situação após o procedimento cirúrgico.
“Eles ficaram assustados e pediram para eu ir urgente para São Paulo. Como eu achava que estava curado, eu confesso a vocês que fiquei um pouco assustado pelo volume de crescimento da quantidade de líquido na minha cabeça. Fiquei preocupado”, afirmou o presidente durante coletiva de imprensa realizada por sua equipe médica, no Sírio-Libanês.
Lula teve alta hospitalar neste domingo (15). O presidente permanecerá em São Paulo até a próxima quinta-feira (19), quando será submetido a uma nova tomografia para a reavaliação do seu quadro clínico. Durante esse período, o presidente permanecerá em sua residência na capital paulista.
Durante a coletiva, Lula disse que sentiu “coisas estranhas” antes de ser internado em São Paulo. Entre os sintomas, citou dor de cabeça, sono e “passos lerdos”.
O presidente contou que começou a perceber os sintomas da hemorragia intracraniana no domingo (8), mas que atribuiu a sensação de mal-estar ao sol que havia tomado na ocasião. Segundo ele, os sintomas persistiram na segunda-feira (9), quando decidiu procurar orientação médica.